arquivo 2017 – abr / mai / jun
Stereotank – Marcelo Ertorteguy e Sara Valente
Inauguração 10 Junho, 16h / até 5 agosto
Stereotank dedica-se a explorar o território comum da arquitectura, arte e som, trabalhando como laboratório de experimentação e criação de artefactos arquitectónicos, instalações, objectos híbridos e instrumentos.
Marcelo Ertorteguy e Sara Valente, fundadores do Stereotank propõem uma nova instalação “site-specific” no Largo do Trovador em Guimarães. Paralelamente, na galeria do CAAA estará uma exposição retrospectiva do trabalho desta dupla, que pretende contextualizar e dar a conhecer os vários projectos realizados e projectados.
Marcelo Ertorteguy e Sara Valente licenciaram-se na Faculdade de Arquitectura e Urbanismo da Universidade Central da Venezuela em 2005. Depois de terem leccionado uma disciplina sobre o território comum da arquitectura e som, na mesma faculdade, mudaram-se para Nova Iorque onde se tornaram Mestres na Advanced Architectural Design from Columbia University. Actualmente vivem e trabalham em Miami.
trípticos, de Luísa Alpalhão
Inauguração 10 Junho, 16h / até 5 agosto
[ trípticos ] é um conjunto de narrativas fotográficas sobre a transformação urbana e rural em três contextos distintos – Portugal, Okinawa (Japão) e Londres. Inspiradas no conto tradicional de Okinawa, ‘O Pássaro Dourado’, retratam histórias sobre resiliência, re-invenção e demolição – três actos humanos que representam diferentes abordagens a uma transformação social e física. [ trípticos ] ilustra belezas atípicas e estéticas funcionais dando voz ao mundano, captando aquilo que normalmente ignoramos. Apresenta uma história alternativa do dia-a-dia, distante daquilo que é convencionalmente considerado atractivo, questionando a noção de território e de transformação do espaço urbano e rural.
Luísa Alpalhão é arquitecta e artista plástica baseada em Londres e Lisboa e fundadora da plataforma de arquitectura, arte e design atelier urban nomads. O seu trabalho procura reunir diferentes disciplinas creativas através de projectos que exploram a cidade como cenário experimental para a criação de espaços partilhados que nos permitem interpretar a tecido urbano como uma construção colectiva espacial e social.
Os seus projectos, desenvolvidos com o atelier, seguem um processo holístico de design que enfatiza a importância da construção colectiva de narrativas específicas para cada espaço exploradas através do contar de histórias.
Luísa é Mestra em Arquitectura e Interiores pelo Royal College of Art, é bolseira da FCT no Doutoramento em Arquitectura pela Bartlett School of Architecture, University College of London, a terminar em 2017, e lecciona na Faculdade de Arquitetura na University of East London. A sua área de investigação consiste no desenvolvimento de uma metodologia para a criação de processos participativos com o intuíto de se tornarem ferramentas pedagógicas para a co-habitação e exploração de espaços urbanos partilhados.
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Ciclo de Conversas Performáticas
Primeira Conversa Performática
Sábado, dia 13 de Maio às 15h
A primeira conversa deste ciclo, funciona como o prefácio para a reescrita do diário de bordo de António Pigafetta. Uma conversa/viagem entre um actor mexicano, a representar sobre um gôndola em Veneza, quando está realmente em Buenos Aires. Ou estará, na voz do público/encenador, no CAAA, em Guimarães, Portugal?
Circum-navegação ficcionada e real, à velocidade da fibra óptica, revolução digital e performática: palavras num diálogo consequente, através do Atlântico.
Diálogo 1: David Colorado (México) e Marcos Barbosa (Portugal). Moderador: Público (Portugal/Argentina).
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O QUE O CORPO ABRIGA, DE RENAN MARCONDES
Inauguração 29 Abril 16h / até 3 Junho
Curadoria de Paulo Aureliano da Mata e Tales Frey
Renan Marcondes é um artista brasileiro que recorre ao uso do seu próprio corpo como principal veículo e suporte da sua produção artística, utilizando-o distanciado da sua inegável humanização, como se pudesse transformá-lo numa espécie de objeto museológico. A exposição reúne vídeos, objetos, fotografias e uma performance ao vivo criada em residência artística.
Renan Marcondes (Brasil, 1991) é artista visual, performer e pesquisador. Seu trabalho compreende os campos da performance, coreografia e instalação. Mestre em Poéticas Visuais pela UNICAMP e especialista em História da arte: teoria e crítica pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, instituição onde também obteve o bacharelado em Artes Visuais. Artista premiado com o Proac primeiras obras de dança 2014, 1º lugar no Setor de performance na sp-arte; artista premiado no 26º Salão de Arte da Juventude do SESC Ribeirão Preto e prêmio estímulo do 40º Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto. Em sua formação em dança passou pelos professores Tica Lemos, Key Sawao, Juliana Moraes, Wellington Andrade, Andreia Yonashiro. Membro do corpo editorial da eRevista Performatus. Em 2013 une-se à artista Carolina Callegaro e fundam o Pérfida Iguana, polo de produção em dança contemporânea que dá prosseguimento às pesquisas de Callegaro. Como intérprete, já realizou performances de Laura Lima, no MAM-SP (Bala de homem/carne = mulher/carne), Tino Sehgal, na Pinacoteca de São Paulo (Kiss), Clarissa Sacchelli, no Centro Cultural São Paulo, TUCA e Central Galeria de Arte e integrou a Companhia Perdida em 2013, atuando também como intérprete de Peças curtas para desesquecer (2012). Principais exposições e mostras: Contra corpo 7º Salão dos artistas sem galeria, 11ª VERBO, Festival Now&After, Bienal Internacional de Dança do Ceará; 65° Salão de Abril de Fortaleza, Mostra Performatus #1; ABRE ALAS 10.
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MACUMBA VISUAL, DE ANA SEIXAS
Inauguração 29 Abril 16h / até 3 Junho
Curadoria de Paulo Aureliano da Mata e Tales Frey
Ana Seixas tem explorado a sua autorrepresentação como escopo de análise sobre o tempo e a memória por meio da transformação da matéria. A transcendência e, contrariamente, o total ceticismo surgem na visualidade gerada a partir de elementos utilizados tanto em rituais que não pertencem a nenhuma religião específica – cerimoniais desdobrados dos cultos ditos pagãos quando contém alguma espiritualidade – como em rituais diários (banais ou significativos) extraídos da sua própria rotina. A conjuntura é composta por instalações constituídas unicamente de substâncias orgânicas e vídeos que revelam o processo de construção de parte das obras antes das suas apresentações sob a forma de matérias em pleno estado de putrefação.
Ana Seixas (Brasil, 1986), por ter mãe portuguesa passou a ter contato com Portugal desde muito jovem. Em 2004, iniciou os estudos em Ciências Econômicas na Universidade Federal Fluminense no Rio de Janeiro, Brasil. Entretanto, durante este curso, a artista se mudou para Paris, na França. Durante o tempo em que lá esteve, percebeu que o seu caminho seria através da arte e não dos números. Graduou-se em Design de Moda e seguiu este curso por alguns anos até a sua mudança para Portugal. Ao longo de sua Pós-Graduação em Design de Moda voltada para as Artes pela Escola Superior de Artes e Design do Porto, descobriu a sua verdadeira paixão: a Arte Visual – e a liberdade conceitual e experimental permitida por ela. A partir daí, decidiu aprofundar seu conhecimento na área através do curso de Mestrado de Práticas Artísticas Contemporâneas pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.
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