arquivo 2014 – abr / mai / jun
Apresentação do Guimarães noc noc 4
Inserido no programa “Trees Outside the Academy” 21 de Junho 17:00h
Quem tem medo do número quatro?
Existe uma superstição, essencialmente asiática, que diz que o número 4 é o número do azar. Da parte do Guimarães noc noc já foram três edições, e ao contrário do mito estabelecido a oriente, que obriga a tomar precauções de forma a evitar referências ao quatro em épocas festivas, nós vamos assumir o número, celebrar e iniciar um novo ciclo. Assim, esta sexta-feira, no Centro para os Assuntos das Artes e Arquitetura (CAAA), em Guimarães, vamos exibir o novo spot de lançamento das inscrições e abrir oficialmente a época para o Guimarães noc noc 4. Isto não fica por aqui, pois é também a inauguração do ciclo TREES OUTSIDE THE ACADEMY – práticas colectivas, onde a Ó da Casa! – Associação Cultural vai participar com a apresentação de trabalhos de alguns dos artistas do colectivo.
INSIDE, Performance / Instalação, criação de Miguel Moreira
Inserido no programa “Trees Outside the Academy” 21 de Junho 15:00h e às 19:00h. Performer no CAAA, Anja Calas
Desde 2006 que (no “Útero”) pesquisámos a Rua, a casa, a Intimidade como zonas de pensamento. Dessa pesquisa continuada resultaram objectos, acções performativas, curadoria de um espaço (Land). Zonas de conflito entre nós e a procura da nossa expressão.
Leio no CAAA este lugar com um olhar misterioso como um salto constante no escuro
“Em 1960 realiza o primeiro penetrável, PN, uma pintura habitável pelo espectador e que anuncia o fim do quadro e uma outra possibilidade para a pintura”
Catálogo “Museu é o Mundo” de Hélio Oiticica
Criação de Miguel Moreira
Performer estreia – João Galante
Performer CAAA – Anja Calas
Performer Vídeo – Vera Fontes
Música – Bentes
Construção do Objecto – Leonel e Bicho e Gonçalves
Produção – Útero 2009
Apresentação de revista Grisu nº 02
A associação Grisu irá apresentar no dia 20 de Junho, pelas 21.30 horas, no CAAA – Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura (Rua Padre Augusto Borges de Sá, 4810-523 Guimarães), os dois primeiros cadernos da revista Grisu nº 02: «(quase) Anjo» de Fernando Guerreiro e «As Orcadianas» de Eduardo Brito.
A edição da revista Grisu 02 será apresentada em cadernos, trimestralmente. Cada caderno reportar-se-á às secções criadas no primeiro número da Grisu, relembramos: poesia (literatura); plaqueta (partes integrais de obras não editadas); zona franca (outras possibilidades); o ladrão de cerejas (tradução) e portfólio (fotografia).
A revista Grisu 02 termina com a edição de uma caixa (?) para juntar todos os cadernos.
Autores publicados/Grisu 01:
Adília Lopes . Carlos Lobo . Carlos Poças Falcão . Eamon Grennan . Evgueni Daienine . Fernando Guerreiro . Hisaki Matsuura . John F. Deane . Junko Takahashi . MacDara Woods . Manuel de Freitas . Manuel Gusmão . Miguel-Manso . Pat Boran . Renata Correia Botelho . Richard Murphy . Rui Pires Cabral . Thomas Kinsella . Tom McIntyre . Vítor Nogueira
Gary War (Sacred Bones / USA) + Big Sir (Sargent House / USA) + Equations (L&L / PT), por Revolve
Dia 20 de Junho há festa no CAAA, desta vez inserida no evento colectivo “Trees Outside the Academy”.
A partir das 22h:00 teremos Equations, Gary War e Big Sir na blackbox.
Equations (L&L / PT)
https://www.youtube.com/watch?v=A7O_hNcnonQ
Os EQUATIONS, quinteto que ficará encarregue de abrir as hostilidades, são a mente criativa por trás de um belíssimo disco, intitulado Frozen Caravels, com selo da Lovers & Lollypops.
O mathcore é claramente o estilo que alimenta estes rapazes do norte, criadores de um som experimental e matemático, bastante distinto da corrente rock saída de Barcelos.
Gary War (Sacred Bones / USA)
https://soundcloud.com/gary-war
http://pitchfork.com/reviews/albums/16850-jareds-lot/
GARY WAR é um músico avant-garde, natural de Cambridge (Massachusetts).
“Gary War é o futuro” tweetou uma vez John Maus, também ele um ex-membro dos Haunted Graffiti de Ariel Pink, essa escola de vida para estetas subterrâneos que trilham o seu próprio caminho de sonhos pop.
A música que produz brota de um conjunto de técnicas de colagem analógica e digital de diversas componentes sonoras, embebidas num psicadelismo electrónico alimentado pela loucura dos sintetizadores. Existem ainda elementos clássicos, rock progressivo, punk e dance music que transformam o seu processo criativo numa torrente experimental e híbrida de uma música rock difícil de classificar.
O seu último álbum, Jared´s Lot, editado em 2012 pela Spectrum Spools, é (segundo a Pitchfork) um disco “construído de forma majestosa e engenhosa. Uma viagem divertidíssima e aprazível de navegar (profundamente psicadélica) como um conto onde podes escolher a tua própria aventura.”
Big Sir (Sargent House / USA)
http://bigsir.bandcamp.com/album/digital-gardens-2
Os BIG SIR, projecto do baixista Juan Alderete (ex-baixista dos extintos Mars Volta) e da vocalista e multi-instrumentalista, Lisa Papinou, são uma clara fusão entre movimento, som, e uma florescência imagética que se dissolve na complexidade paisagística do seu trabalho.
O último álbum, intitulado Digital Gardens, lançado no corrente ano pela Rodriguez Lopez Productions, editora do ex-guitarrista de Mars Volta Omar Rodríguez Lopez, consiste em remixes e versões ao vivo dos temas do álbum editado em 2012, de seu nome Before Gardens After Gardens , que contou com a participação de vários artistas, entre eles Cedric Bixler-Zavala, Jonathan Hischke, Matthew Embree e Deantoni Parks.
Com quatro álbuns editados desde o ano 2000, os Big Sir estarão connosco para um concerto imperdível.
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20 de Junho
22h
CAAA, Guimarães
6€ pré-venda/ 8€ dia
… E ME ACORDA ÀS 6 HORAS DA MANHÃ…, Performance de Tânia Dinis
Inserido no programa “Trees Outside the Academy” 21 de Junho 17:30h
Uma criação de Tânia Dinis
com um texto de Pedro Bastos
Apoio artístico de Jorge Quintela
30’m
REVERSO, Performance de Tales Frey (Cia.Excessos)
Inserido no programa “Trees Outside the Academy”
20 de Junho 20:00h
Performance de Tales Frey (Cia.Excessos)
No dia 20 de junho de 2013, apresentei o primeiro trabalho de uma série de performances em que assumi o compromisso de converter o rito de passagem dos meus aniversários em procedimentos artísticos que aludam ao que conhecemos por memento mori.
“Reverso”, segunda criação dessa série, é uma espécie de regressão à minha origem; é o avesso do sentido cronológico como uma alternativa de recusa ao inevitável falecimento da minha matéria. Nessa performance, com auxílio de minha mãe, aciono a recordação de todos meus aniversários através de um jogo que retoma o conceito de “estágio do espelho” lacaniano imbuído na elucidação narcisista, até chegar às 20 horas do dia 20 de junho de 1982, dia em que interrompi a festa de aniversário de um ano da minha irmã para nascer, para abandonar o conforto do útero materno.
TREES OUTSIDE THE ACADEMY práticas colectivas
Inauguração dia 20 de Junho às 20h e 21 de Junho às 14:30h
Exposição patente até dia 27 de Julho
Dia 20:
20:00h – Performance / Tales Frey (Cia.Excessos) / REVERSO
21:30h – Apresentação da revista Grisu nº 02
22:00h – Música / Revolve /com Equations, Gary War e Big Sir
Dia 21:
15:00h – Performance / Miguel Moreira (Útero) / INSIDE
17:00h – Apresentação do Guimarães noc noc 4
17:30h – Performance / Tânia Dinis / …E ME ACORDA ÀS 6 HORAS DA MANHÃ…
19:00h – Performance / Miguel Moreira (Útero) / INSIDE
“Trees Outside the Academy” está associado a práticas de grupo colectivas, por vezes mas nem sempre colaborativas, mas com uma ramificação comum, agrupada mais ou menos formalmente, resultando daí uma prática característica e de confronto, não deixando de transmitir estéticas claramente individuais.
Partindo de realidades paralelas, nestes colectivos são indissociáveis a música, fotografia, pintura, desenho, cinema, vídeo, teatro, performance, instalação, design e crítica que coabitam no mesmo espaço e numa prática comum.
“Trees Outside the Academy” tenta de certo modo referenciar uma das estruturas históricas mais emblemáticas de práticas artísticas colectivas, criada na cidade de Nova Iorque, a Fluxhouse do Nº 80 Wooster Street, a primeira cooperativa de artistas iniciadas por George Maciunas, estrutura que funcionava como um foco atractor da vanguarda artística dos anos 60, onde estava localizada a Cinemateca de Jonas Mekas, e um espaço que albergava happenings, film screenings, dança, teatro, performances, concertos e exposições. Centenas de artistas tais como Trisha Brown, Richard Foreman, Allen Ginsberg, Philip Glass, John Lennon, Hermann Nitsch, Yoko Ono, Nam June Paik, and Andy Warhol mostraram o seu trabalho dentro ou em torno do edifício. Em 1967 George Maciunas plantou ilegalmente à porta do edifício duas árvores (Ailanthus) que se mantiveram durante 46 anos até terem sido cortadas em 2013. Estas árvores acompanharam a evolução de certas práticas artísticas experimentais e a ascenção e “queda” de uma zona industrial degradada da cidade de Nova Iorque que nasce com os artistas e que depois os expulsa convenientemente.
“Trees Outside the Academy” é o que nós quisermos que seja.
CAAA
-Ricardo Areias
-Maria Luís Neiva
-Eduardo Brito
-Joana Gama
-Carlos Lobo
-Tânia Diniz
-Marcos Barbosa
-Pedro Bastos
BANDO À PARTE
-Rodrigo Areias
-Jorge Quintela
-Ricardo Preto
Ó DA CASA
-Pedro Ferreira
-Délia de Carvalho
-Isabel Ferreira Alves
-Jorge Matos
REVOLVE
-Miguel de Oliveira
-Pedro Magalhães
-Rui Dias
-Bruno Abreu
-Marta Frade
ÚTERO
-Miguel Moreira
-Catarina Felix
FADO – FRENTE DE AÇÕES DOMÉSTICAS
-Fabiana Wielewicki
-Guy Blissett Amado
COLECTIVO UVBA
-João Vilney
-Pedro Silva
-Pedro Pais Correia
CIA EXCESSOS
-Tales Frey
-Paulo Aureliano da Mata
NEW IMAGES FOR AN OLD WORLD: EXP# 04 + DA MAQUETE AO LIVRO
EXP# 04
Inauguração: 10 de Junho às 16h00 / até 18 de Junho
Porto de Honra : 14 de Junho 18h
Exposição final dos trabalhos do Mestrado em Fotografia da Escola das Artes da Universidade Católica do Porto.
Cláudio Reis
José Ferreira
Margarida Marques
Miguel Santa
DA MAQUETE AO LIVRO
Inauguração: 10 de Junho às 16h00 / até 18 de Junho
Exposição dos alunos do 1º ano do Mestrado de Fotografia da Escola das Artes da Universidade Católica do Porto.
Adriana Azevedo
Cristina Neves
Hugo R. Costa
Leonor Reis
José Dinis
EL RUPE
6 de Junho, 22h00
Na sua essência, este trio procura refletir e redescobrir-se a si próprio na criação de novas texturas, sendo a intensidade sonora parte fulcral da sua composição musical. Com uma forte componente melódica, a sua música tanto se revela frágil e capaz de exprimir suaves e delicadas intimidades, como se transforma em algo mais cru e sagaz. Ao vivo, EL RUPE faz-se acompanhar por César Estrela que complementa o concerto com um trabalho plástico visual.
EL RUPE:
Samuel Coelho – Guitarra, electrónicas
Rui Sousa – Hammond
Pedro Oliveira – Bateria, electrónicas
+
César Estrela – Performance Visual
Facebook de EL RUPE aqui.
Sermões, de Marcos Barbosa
Sinopse
Ao contrário do que possa parecer, isto não é um espectáculo. Nem é um monólogo, nem muito menos uma peça unipessoal. É uma construção, partindo da presença de um actor e de um público, de uma conversa sobre o acto criativo, sobre o ritual, ou sobre o teatro, tendo como ponto de chegada os textos escritos pelo Padre António Vieira, S.J. No falhanço de qualquer acordo ortográfico, construímos da forma mais partilhada possível, um acordo performático.
Texto e Interpretação – Marcos Barbosa.
Vídeo – Jorge Quintela.
Produção – Teatro Oficina
Duração – 51 minutos
FLOW DE MAYO música & cinema
Alinhamento:
Punk is not Daddy, de Edgar Pera / 21h30
The Entrance Band (BBiB / USA)
Entrada: 8€
A 9 de Maio o destaque irá para os The Entrance Band, símbolo maior do revivalismo do rock psicadélico norte-americano.
Inicialmente concebido em 2003, por Guy Blakeslee´s, ex-membro dos The Convocation Of…, The Entrance Band era um projecto a solo, fruto da ambição e talento solitários do seu criador. Foi nesse mesmo ano que surgiu o primeiro álbum, intitulado The Kingdom of Heaven Must be Taken by Storm, editado pela Tiger Style Records.
Em 2006, The Entrance Band sofreu uma renovação, com a inclusão de dois novos membros, Paz Lenchantin, baixista dos Pixies (ex A Perfect Circle, Zwan, Smashing Pumpkins, The Chelsea) e Derek James, na bateria.
Desde então, têm partilhado os palcos com bandas como os Sonic Youth, Devendra Banhart, Yeah Yeah Yeahs, Stephen Malkmus and The Jicks e Cat Power, contando já com 5 álbuns editados.
Assistir a um espectáculo dos The Entrance Band é uma oportunidade única. A empatia entre Guy, Paz e Derek ultrapassa qualquer limite expectável, como se pudéssemos sentir as suas mentes unidas por uma misteriosa e ímpar intuição musical.
Ouvir o seu novo álbum, Face The Sun, editado em 2013 pela Beyond Beyond is Beyond Records, é encetar uma viagem espiritual por uma miríade de realidades alternativas. Segundo Guy Blakeslee´s “o álbum emerge de um profundo túnel de vícios, ansiedade, melancolia e tristeza. Mas nestes infernos existem também as perspectivas que nos permitem perceber a viagem que encetamos e, por vontade própria, caminhar em direcção à luz e absorver o prisma do paraíso”.
Os The Entrance Band foram apontados pela LA Weekly como uma das melhores bandas de 2013.
O documentário Punk Is Not Daddy, de Edgar Pêra, filmado em vhs e abordando a temática do punk-rock português nos anos oitenta, será projectado antes dos concertos.
Alinhamento:
1960, de Rodrigo Areias
Solar Corona
Killimanjaro (L&L)
Pontiak (Thrill Jockey / USA)
Entrada: 8€
A 17 de Maio o destaque irá para os Solar Corona, os Killimanjaro e os Pontiak.
O que esperar quando três irmãos criados numa quinta, em Virgínia, se unem para formar uma banda de rock?!
Nada mais do que um misto de stoner-rock e psicadelismo, temperado por uma voz lupina e riffs lamacentos e obscuros.
Os Pontiak são um trio norte-americano que, desde 2006, se tem consagrado como uma banda de culto no panorama musical alternativo.
Com 9 álbuns editados e várias tours europeias no currículo, o processo criativo dos três irmãos de Blue Ridge Mountain tem sido alvo de múltiplos elogios por parte da crítica internacional. A revista Rolling Stone equipara o seu poder catártico ao de bandas como os Stooges, ou os MC5. Já a All Music Guide descreve o seu último álbum, INNOCENCE, editado pela prezada Thrill Jokey, como um lugar refinado e profundamente experimental que deve a todo o custo ser percorrido e revisitado.
Assistir a um concerto dos Pontiak será, certamente, uma das melhores experiências de 2014.
Os Solar Corona ficarão encarregues de abrir as hostilidades, seguidos pelos Killimanjaro através da divulgação do seu primeiro álbum, Hook, editado pela Lovers & Lollypops.
Para quem gosta de bom cinema sugerimos o documentário 1960, de Rodrigo Areias, que será projectado anteriormente à actuação das bandas.
1960, de Rodrigo Areias
Dias 15, 16, 19, 20 e 21 de Maio, 21h45
Dia 17 de Maio, 21h00
Dia 18 de Maio, 18h00 (com a presença do realizador)
Sinopse
1960 é um home-movie em registo de diário de viagem em super 8 mm.
Pretendendo através da arquitectura e a partir do “Diário de Bordo” de Fernando Távora revisitar a viagem que o Arquitecto concretizou em 1960.
Nota de intenções
Neste filme, a minha ideia foi partir das notas e desenhos de Fernando Távora e revisitar vários dos locais que o arquitecto visitou, descreveu e desenhou durante a sua viagem em 1960. E pensar a arquitectura num contexto global.
Quando pensei este filme, pensei-o como complemento de um outro filme de ficção que integrasse o documentário em super 8mm. Será um Film Noir, rodado apenas em decores de Fernado Távora em Guimarães, onde um documentarista que está a fazer um documentário em super 8 mm sobre o arquitecto é assassinado…
Enquanto este filme continua a ser adiado (dada a azáfama de produção a que estivemos sujeitos), fica assim concluida a parte documental deste díptico.
Aquilo que me inspirou para este documentário, foram os textos que conhecia do Diário de Bordo que Fernando Távora escreveu durante a sua viagem. O texto que mais me marcou, foi o da sua visita a Taliesin, a paixão com que escreve essa experiência que o próprio assume como transcendental. Quis dar vida a esses textos, mas pretendendo nunca ser óbvio ou ilustrativo. Antes revisitá-los com a devida distância temporal.
Ana Cardoso: Um dia arranjo-lhe em nome
Inauguração dia 3 de Maio /Até 8 de Junho
um dia arranjo-lhe um nome é constituída por uma série de trabalhos que emergem de uma reflexão sobre amores impossíveis ou da impossibilidade de um amor.
Numa linguagem construída a partir do emparelhamento do desenho com a palavra, pretende-se, tomando o objecto escada como metáfora, abordar conceitos referentes à impossibilidade de um nós.
Numa exposição que se poderia chamar também que dias são esses em que trazes a noite para junto de mim, ou o último adeus, ou no dia em que te esqueci a voz, abordam-se dicotomias como a presença e a ausência, o encontro e o desencontro, o sonho e o real, a noite e o dia, a palavra e a carne, a possibilidade e a impossibilidade, a vida e o destino, o toque e o esquecimento, o corpo e a saudade do que pode ser apenas ideia.
Ana Cardoso.
Artista Plástica. Porto, 1980.
Licenciada em Pintura pela Escola Superior Artística do Porto (ESAP) e Mestre em Desenho pela Faculdade das Belas Artes do Porto (FBAUP).
exposições individuais
2012 um lugar a meias, Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura (CAAA), Guimarães 2011 dejá vu, Extéril; blind date,Galeria Municipal de Matosinhos 2010 illicit thoughts, Galeria João Lagoa, Porto; Draw a Line, Write a Life, Estúdio Um, Faculdade de Arquitectura da Universidade do Minho, Guimarães 2008 think pink,Galeria João Lagoa, Porto 2006 Muito, Pouco ou Nada, Galeria João Lagoa, Porto 2005 my life: on sale, Caves Calém, Porto 2004Saturday Morning, Galeria João Lagoa, Trofa
exposições colectivas
2013 DAD, exposição colectiva no âmbito do doutoramento em arte e design da FBAUP, Museu da FBAUP, Porto 2012 Lp, Galeria Sptunike the Window, Porto 2011 Galeria João Lagoa, Porto 2010 Colectiva de Natal, Galeria João Lagoa, Porto 2009 Colectiva de Natal, Galeria João Lagoa, Porto 2007 Galeria João Lagoa, Porto 2006 Colectiva de Natal,Galeria João Lagoa, Porto 2005 Galeria João Lagoa, Porto 2004Galeria João Lagoa, Trofa; Colectiva de Sócios, Cooperativa Árvore, Porto; Colectiva de Natal, Galeria Mário Sequeira- Project, Braga 2003Colectiva de Natal, Cooperativa Árvore, Porto; Market I, Galeria Fuga pela Escada, Guimarães; Humani’ Arte, Mercado Ferreira Borges, Porto; Festivídeo Internacional ’03, Biblioteca Almeida Garret
DARR TAH LEI: Glacial Burns
Inauguração dia 3 de Maio /Até 8 de Junho
A exposição Glacial Burns reúne uma parte de três projetos em curso, que observam a relação entre aspetos aparentemente contraditórios em geologia, que na sua interdependência operam na criação volumétrica da Terra, revelando características ocultas opostas mas semelhantes, na morfologia e na textura.
As peças em exposição, escultura, fotografia e vídeo propõem várias perspetivas de observação dos fenómenos geológicos, tais como, a coexistência dual dos elementos água (gelo) e fogo na recriação de uma perceção pós-dual da realidade, a exaltação galvanizante das erupções sub-glaciares na formação de volumes do terreno e a demonstração evidente de afinidade e analogia entre paisagem recém-formada e paisagem pós-apocalíptica, através de uma absorvente contemplação audiovisual.
Darr Tah Lei intensifica o olhar sobre o telúrico com o objetivo de revelar a expressividade da Terra nas suas manifestações orgânicas, em constante transformação.
Darr Tah Lei é uma artista telúrica que através de pesquisas em geologia procura fundamentar esteticamente a teoria das supercordas, as teorias pós-dualistas e o trans-humanismo. Dada a ambiguidade destas zonas de observação, encontra-se com frequência absorvida nos abismos da abstração, forçando-se a criar lógicas formais entre caos e ordem e a trabalhar com matérias rudes e concretos. Reapropria e transforma o potencial de caracter escultórico dos recursos naturais, elementares e semi-elementares, deslocando a rudeza e a brutalidade geológica para os espaços de exposição, através da instalação, da imagem em movimento e da fotografia, da escultura e arte-sonora. Trabalha essencialmente na Islândia, zona de potencial geológico em efervescência que facilita a sua pesquisa artística e impulsiona à produção de volumetrias.
A artista expôs na Islândia, na Alemanha e em Portugal, tendo os seus filmes sido exibidos em prestigiados festivais tais como o Festival International du Court Métrage, Clermont-Ferrand em France, In-Sonora em Madrid e FILE – Electronic Language International Festival, Sao Paulo, Brazil.
Workshop_Stanislavski, Método de Análise Activa
O Método de Análise Activa é uma evolução do Método das Acções Físicas iniciado por Stanislavski.
A análise do texto e da cena são, progressivamente, construídas a partir de uma experimentação prática.
Estamos perante um dos métodos de referência na maior ia das escolas Ocidentais de Teatro.
Conteúdos
Introdução histórica ao Sistema de Stanislavski; Acção e suas características – Continuidade, Lógica intrínseca, Interior/exterior (psico-física); Intenção que a propulsiona (objectivo); Objectivos e Obstáculos – interrelação na criação do conflito; Definição de Acontecimento – sua relação com as Acções e Objectivos; Circunstâncias Sugeridas – definição e sua influência nas Acções e Objectivos; Círculos de Atenção – definição e aplicação prática; Monólogo interior.
*O Cerejal, de Anton Tchékhov, será o texto de base
Orientação
Nicolau Antunes
Trabalhou como actor e assistente de encenação com Luís Miguel Cintra e António Pires, entre outros, até 2002. Estudou encenação em Londres e Moscovo entre 2002/2005. Docente nas áreas de Acting, Improvisação e Projecto no Departamento de Artes Cénicas da Universidade de Évora desde 2007. Actualmente com actividade suspensa para investigação no domínio dos processos psicofísicos do actor.
5 a 9 de maio – das 10h às 14h (total: 20 horas)
Local: Sala de ensaios e palco do Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura CAAA – Guimarães
Participantes : 50 euros; Observadores : 25 euros
Inscrições limitadas. Enviar CV para teatro@ilch.uminho.pt
Organização: Licenciatura em Teatro da Universidade do Minho em parceria com o CAAA
40 ANOS DE ABRIL SÃO 40 ANOS DE LIBERDADE.
A Ó da Casa! Associação Cultural, decidiu comemorá-los publicando uma fanzine – um formato de revista impressa despretensioso e irreverente, muito comum na época.
Vários convidados deram o seu contributo e foram impressos 400 exemplares, que serão apresentados na tarde do dia 25 de abril, no Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura em Guimarães.
Para que o espírito de abril continue vivo por muitos mais anos.
LABORATÓRIO DE INTERPRETAÇÃO – PROJETO ENCENADO (cancelado)
NOTA: Este workshop foi adiado por não haver até a data inscrições suficientes para a sua realização.
Os laboratórios de criação cénica do Teatro Bruto têm como proposta o desenvolvimento de um projeto alargado e abrangente de formação, com diferentes grupos de participantes e em várias áreas das artes cénicas e performativas, que envolve os participantes numa criação única, culminando na apresentação pública de espetáculos criados de raiz. Esta oficina consiste principalmente na exploração e no desenvolvimento de um conjunto de exercícios de improvisação, experimentação e composição na criação de cenas teatrais. Tendo sempre em conta a valorização da expressão gestual e linguagem corporal dos participantes, lecionam-se técnicas para o trabalho do intérprete na sua relação com o espaço, com o outro na contracena e com o público. O Laboratório de interpretação – projeto encenado envolve o grupo de participantes numa criação teatral original, que inclui trabalho de interpretação, direção de atores, e relação com a luz e o som, com os figurinos e o espaço.
O Laboratório de interpretação – projeto encenado acontece no seguimento do Laboratório de dramaturgia, adaptação de texto e interpretação realizado em
fevereiro de 2014, em Guimarães.
Direção e orientação: Ana Luena
Com a participação de elementos e criadores/colaboradores da companhia.
Tema: O intérprete como motor na criação cénica
Duração: 5 de maio e 6 de julho
Sessões: Segundas e terças-feiras
Horário: 20h30 – 23h
Apresentações públicas: 3 a 6 de julho
Público-alvo: Público em geral, a partir dos 18 anos
Vagas: Lotação limitada a 14 pessoas
Espaço: Sala de ensaios e palco do CAAA.
Valor das inscrições: 180 euros por participante. (pagamento em 4 prestações)
Promotores: Teatro Bruto e CAAA
Parceiro: UM – Licenciatura em Teatro
Inscrições: teatrobruto@gmail.com
Informações: tlm.960 268 843
Pete Seeger: The Power of Song, de Jim Brown
Cinema seguido de uma tertúlia inserido no programa das comemorações dos 40 anos da Revolução de Abril em Guimarães: “25 de Abril para sempre”
Organização: Cineclube de Guimarães e CAAA
Este documentário explora o legado do venerado cantor folk americano e activista político Pete Seeger – escrito e realizado por Jim Brown quando Seeger tinha quase 90 anos. Em vez de contar a narrativa da sua vida passo-a-passo, Brown usa essa biografia individual como uma lente contextual, através da qual nos mostra décadas de história social americana. Para contar esta história, o realizador cruza entrevistas exclusivas e originais com contemporâneos de Seeger como Bob Dylan e Bruce Springsteen, imagens de arquivo de Seeger em concerto, e extratos dos seus videos privados. Ao mesmo tempo, Brown revela a que ponto Seeger suscitava continuamente a mudança através da sua música e dos seus actos cívicos fora do palco.
Os Inquilinos, de Sérgio Bianchi
17, 18, 19 Abril às 18h
21, 22 Abril às 21h45
23 Abril às 18h
Sinopse
Valter (Marat Descartes) e Iara (Ana Carbatti) moram com os dois filhos, na periferia da cidade de São Paulo. Eles levam a vida normalmente, até a chegada de três rapazes que se tornam seus novos vizinhos.
Ano 2009
Duração 103min
Délia de Carvalho: Insónia
Inauguração: 15 de Março às 16h00
Até: 27 de Abril
Rostos sem âncoras, despidos num lugar que não o deles.
Sempre me interessaram os rostos. São eles os principais veículos das emoções e das vivências, enquanto identidades singulares. Procuro com eles desvelar conflitos contidos, bloqueios, ausências, vazios e interrogações.
Aqui, na Insónia retrato uma geração que está numa espécie de limbo, sem saber qual rumo seguir.
Délia de Carvalho
Biografia
Nasceu em França no ano de 1975. Como habilitações académicas possui o Bacharelato em Desenho na Escola Superior Artística do Porto (ESAP) e a Licenciatura em Design Industrial pela Escola Superior de Artes e Design (ESAD). Atualmente é professora da disciplina de Educação Visual.
As artes plásticas assumem um papel preponderante a partir de 1999 e desde então tem participado em várias exposições coletivas e individuais. O seu trabalho obteve duas menções honrosas – em “Aveiro Jovem Criador 2007” e no mesmo ano no “Prémio Salúquia às Artes” em Moura.
Em 2003, faz ilustrações para a Editora Labirinto.
Em 2011, integra o grupo de artistas fundador do evento Guimarães nocnoc com edições anuais na cidade de Guimarães e torna-se membro da Associação “Ó da casa!”. No mesmo ano, integra o coletivo artístico para o projecto “A New Face – Portrait of a diary” da artista plástica Yolanda Bovens.
Tânia Carvalho: Toledo
Inauguração: 15 de Março às 16h00
Até: 27 de Abril
Naquela que é a sua primeira exposição individual, a coreógrafa Tânia Carvalho apresenta no CAAA uma série de desenhos: uma extensão do seu trabalho coreográfico pela representação de lugares da imaginação impossíveis de concretizar com bailarinos.
Biografia
Tania Carvalho nasceu em 1976, Viana do Castelo, Portugal.
Iniciou as aulas de técnica de dança clássica aos cinco anos de idade e técnica de dança contemporânea aos catorze anos de idade.
Em 1994 muda-se para as Caldas da Rainha para frequentar o curso de Belas Artes na ESTGAD. Em 1995 muda-se para Lisboa para frequentar a Escola Superior de Dança. Em1997 muda de escola e conclui o curso de dois anos para intérpretes de dança contemporânea promovido pelo Fórum Dança. Aqui conhece Filipe Viegas e Clara Sena que a convidam a fazer parte de um coletivo prestes a nascer chamado “bomba suicida” do qual é co-fundadora e onde se mantém a desenvolver o seu trabalho até hoje. É em 1997 que Tânia Carvalho começa a coreografar.
Em 2005 frequenta o curso de coreografia, inserido no programa artistico e criativo promovido pela Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal.
Tem também explorado a sua faceta musical de onde surgiram os projectos: Idiolecto (2013), moliquentos (2011), trash nymph (2008) e madmud (2007).
Tânia Carvalho frequentou aulas privadas de piano e educação musical com João Aleixo, Diogo Alvim e Youri Popov.
Tânia Carvalho mantém também contacto com o seu lado plástico, dedicando-se ao desenho de tempos a tempos.