arquivo 2012 – jul / ago / set
KungFuTrunx/Frankenstein /29 setembro 22h
KungFuTrunx/Frankenstein: Composto por 3 elementos, surgido a partir de um desafio proposto pelo Cineclube de Guimarães, este projecto é uma espécie de banda sonora do filme “Frankenstein”, realizado por James Whale em 1931. Enquanto o filme é projectado, a banda vai tocando e acompanhando “ao vivo” toda a acção da película. Ambientes negros e rasgos de electroterror penetram portentosamente pela sala escura… Miguel Ribeiro: Guitarra, voz, teclados, samplagens e programações Bruno Ferreira: Bateria e percussões Pedro Paredes: Baixo e guitarra portuguesa Duração: 1h10m Entrada: 4€
EXP#01 /29 agosto a 4 setembro
Mostra final da Pós-graduação em Fotografia da Escola das Artes, UCP
A exposição EXP#01 no CAAA apresenta uma selecção dos trabalhos finais dos alunos do curso de Pós-graduação em Fotografia da Escola das Artes da Universidade Católica do Porto. Os trabalhos presentes nesta exposição não são apenas o culminar de um percurso académico mas sim uma etapa que desejamos inicial para cada dos autores aqui presentes. Todos eles apresentam trabalhos e técnicas bastante distintas, e todos eles são originais na sua abordagem a temas clássicos da História da Fotografia como o retrato, a paisagem ou a chamada street photography. Alguns trabalhos são mais pessoais e intimistas, outros poderão parecer mais neutros e distantes, mas todos eles demonstram caminhos e interpretações possíveis que cada um dos autores decidiram seguir na sua obra fotográfica.
Entrada Livre
REVER A CIDADE /7 setembro a 7 outubro
REVER A CIDADE
Refotografias de Inês d’Orey e Carlos Lobo de imagens da Colecção de Fotografia da Muralha
Inauguração dia 7 de setembro às 19h
A partir de uma selecção de imagens da Colecção de Fotografia da Muralha, Associação de Guimarães para a Defesa do Património, os fotógrafos Carlos Lobo e Inês d’Orey levam a cabo um trabalho de refotografia da cidade de Guimarães. Explorando sentidos latentes nas imagens de um arquivo fotográfico em construção, os dois fotógrafos abordam, nas suas linguagens e estéticas distintas, a percepção do tempo e da sua passagem através da criação de novas imagens que atribuem um novo sentido às imagens de arquivo: espaços, ausências, mudanças e permanências apresentam-se-nos através de uma renovadora relação fotográfica.
A Colecção de Fotografia da Muralha, Associação de Guimarães para a Defesa do Património, é composta por cerca de cinco mil placas de vidro em gelatino-brometo de prata. Provenientes da Foto Eléctrica-Moderna, retratam a cidade desde o final do Século XIX até à década de sessenta do Século XX. O projecto Reimaginar Guimarães, da Área de Cinema e Áudiovisual da Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura, tem, ao longo do ano, levado a cabo uma operação de limpeza, digitalização e legendagem destas imagens, sua exposição, edição e partilha.
Lançamento do catálogo 4 de Outubro de 2012 às 18h30
Galeria #1, #2, #3
Entrada Livre
O FILME DA MINHA VIDA #3 Sétimo Selo /7-28 setembro
A colecção O FILME DA MINHA VIDA faz-se do repto lançado a autores portugueses de BD e ilustração para que produzissem um livro BD inspirado num filme que tenha deixado marcas nas suas vidas. Este cruzamento entre a sétima e nona arte é vocacionado para os amantes de ambas.
A terceira exposição tem como nome SÉTIMO SELO, de Jorge Nesbiit inspirado no filme homónimo de Ingmar Bergman.
SKYLIGHT /4 – 26 agosto
Inauguração dia 4 agosto às 18h
Jorge Santos é um desses artistas que se ocupam do imaterial. Um desses artistas que, mais do que das coisas em si, se ocupam das relações entre nós e as coisas, dos fenómenos naturais e dos processos de percepção. Possui essa veia exploradora partilhada pelos poetas e cientistas. E sob a influência desse afã indagatório, constrói espaços que são pequenos poemas visuais cuja beleza formal podemos desfrutar em si mesma; e ainda, ao degustarmo-los, descobrimos, aberto bem ao fundo do paladar, essa presença intensa de sabor onde se revela uma multiplicidade de sombras. Uma multiplicidade de associações de ideias que, num instante, chocam na retina; porque as “vemos”, revivemo-las; como se o impulso eléctrico lançado pelo nosso aparelho ocular ao sistema nervoso viesse agora devolvido pelo cérebro, numa espécie de inversão do processo perceptivo.
Ana Lamata
+info: Jorge Santos
entrada livre
galeria #3
Subtopia /4 – 26 agosto
Inauguração dia 4 agosto às 18h
Como fragmentos visuais de um todo inexistente as fotografias de Subtopia pretendem criar uma new town imaginada. Juntam cinco cidades, das trinta e duas construídas no Reino Unido entre o final da década de quarenta e os anos oitenta do século passado. Cidades planeadas em momentos históricos e políticos distintos – Stevenage (1946), Harlow (1947), Cumbernauld (1955) Runcorn (1964) and Milton Keynes (1967).
Assumindo uma perspectiva descritiva, as fotografias consideram a paisagem como um enunciado cultural, olhando o urbanismo e a arquitectura como paradigmas da disciplina e organização do espaço publico. Na sua condição subjectiva, como documentos e representações artísticas ensaiam uma alegoria do programa da New Towns do Reino Unido.
Paulo Catrica
entrada livre
galeria #1, #2
VídeoGang, colectivo “New Light Pictures” /15 julho 21h30
Nesta quinta sessão do VideoGang apresenta-se a New Light Pictures. Um interessante colectivo que surgiu recentemente em Portugal à margem da lógica centralista da produção audiovisual. Sediados em Almancil, no Algarve, são um grupo de amigos que construiu um espírito de iniciativa e de desenrasque para conseguir concretizar uma base de produção sustentável que tem vindo a surpreender com as suas propostas de arrojo técnico com parcos recursos. Foram os criadores de um dos fenómenos recentes das redes sociais, a curta “O Comando”.
Estará presente um dos seus mentores criativos para falar dos seus trabalhos e das estratégias para conseguir viabilizar uma plataforma de produção à margem dos centros de decisão e de influência.
Entrada Livre
Maiores de 12
35min
Escorbuto /21 julho 21h30, 22 julho 16h e 21h30
Um capitão iluminado.
Um capelão alcoólico.
Um marinheiro sorumbático.
Um bombardeiro fodilhão.
Um calafate meio-morto.
Um grumete tenrinho.
Um despenseiro vítima de bullying.
Nestes preparos foi a nau de Santa Cristina para Índia, corria o ano da graça de mil cinco e quarenta e seis.
Co-produção: Associação Arte à Parte, TAGV (Teatro Académico de Gil Vicente), TEUC (Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra) e UC (Universidade de Coimbra)
Dramaturgia e Encenação: Ricardo Vaz Trindade
Inspirado num texto original de Pedro Monteiro e Rodrigo Monteiro
Música Original (interpretada ao vivo): Ricardo Pinto
Interpretação: Carlota Rebelo, Filipe Madeira, Joana Santos, Maria Inês Pinela, Mariana Ferreira, Marta Félix e Nádia Iracema
Produção Executiva: Adélia Pinto, Maria Inês Pinela e Marta Félix
Apresentações:
Dia 21 julho às 21:30h
Dia 22 julho às 16:00h e 21:30h
Entrada: 5€
Notas de Encenação
“O mar, a mim, não me diz nada.”
2006, Anónimo
O “Caralho” é ainda hoje utilizado, na gíria náutica, para descrever o cesto da gávea no mastro grande, o ponto de observação mais alto – e mais desconfortável – do navio. Ir “para o Caralho” não é só uma ordem para um expediente naval, mas também uma represália implícita a um qualquer marinheiro a precisar de um correctivo na sua conduta.
Não precisamos de generalizar esta parábola: não é difícil imaginar que a vida a bordo de um navio – num ambiente dominado pela testosterona – é um constante arrufo de impropérios, injúrias e rituais de chacota. Se a isto adicionarmos a precariedade e a lógica do “a qualquer custo” das quase mil armadas portuguesas que fizeram a Carreira da Índia entre os séculos XV e XVII, temos qualquer coisa como um mau filme de terror sem efeitos especiais, uma espécie de parente pobre e feio dos modernos filmes de piratas, cujas memórias e relatos dos eventos mais vulgares fariam corar de vergonha e asco os redactores dos manuais escolares do século XXI.
A doença do Escorbuto, causada pela carência grave de vitamina C, e que atacava sem piedade as tripulações da Idade Média, é a alegoria que escolhemos para sintetizar o lado menos notável dos Descobrimentos, um reverso da moeda carregado de escatologia, abusos, inaptidão técnica, favores políticos e todo o tipo de corruptelas, mas também de coragem e uma crescente fé em Deus (na devida proporção dos perigos a que a empreitada estava sujeita).
“Escorbuto” põe em cena a história trashico-marítima de sete tripulantes a caminho da Índia, no espaço claustrofóbico da “espera” (o piso abaixo do convés) da nau de Sta. Cristina, em 1546, sob o reinado de D. João III.
O texto, inspirado num original homónimo de Pedro Monteiro e Rodrigo Monteiro, foi construído a partir de improvisos com os actores, num regime de colaboração criativa. É portanto uma ficção subjectiva e subjugada ao absurdo e ao grotesco, duas premissas iniciais do trabalho. Distancia-se das euforias glorificadoras e conformismos históricos, realidades muitas vezes maquilhadas pela pena “cosmética” dos escrivães de bordo e concentra-se nas relações humanas e na tipificação das personagens, das suas rotinas e das suas idiossincrasias. Tentamos repôr nas entrelinhas da História a massa anónima dos milhares de homens e mulheres que também tinham as suas utopias privadas, muito diferentes daquelas que moveram os heróis famosos dos Descobrimentos.
Para além de tudo isto, “Escorbuto” é uma comédia absurda. Mais uma, aliás, que depois de “Deus – uma peça” – uma produção de 2010 deste mesmo grupo de actores (sobretudo de actrizes) – confirma que esta troupe tem jeitinho para fazer rir. O nosso projecto seguinte, para completar a trilogia, é fazer uma encenação de oito horas do Guerra e Paz do Tolstói, num registo de imobilidade e sublimação do nada. Estão todos convidados.
Ricardo Vaz Trindade
Julho de 2012
Ficha Técnica e Artística
Assistência de Encenação
Margarida Vilaça
Cenografia
Pedro Brígida | Ricardo Vaz Trindade
Figurinos e Adereços
Ricardo Vaz Trindade | TEUC
Operação de Som
Filipa Lima
Desenho de Luz
Ana Fernandes | Ricardo Vaz Trindade
Operação de Luz
Ana Fernandes
Maquilhagem
Mariana Roxo
Voz-off
Rita Moreira
Cartaz
Alexandre Esgaio
Apoios
A CABRA | Bonifrates | CITAC | Escola da Noite | MAFIA | República Baco | RUC | TAGV | UC | viv’Arte |
Agradecimentos
Augusto Monteiro, Paulo Lima, Rafela Bidarra, Ricardo Seiça Salgado, Xénon Cruz
Strings of Thought /11, 12, 13 julho 22h
Neste solo, o performer está preso a vários cabos suspensos em diferentes pontos do espaço, cada um com a capacidade de controlar som, luz e texto. Estes representam as abstrações dos nossos dogmas pessoais, condicionando o movimento e dexteridade do corpo, ao mesmo tempo que revelam a luta interna de quem somos e quem desejaríamos ser.
Ivan Franco e Lígia Teixeira têm desde 2006 desenvolvido várias peças performativas que pretendem explorar a capacidade de interação física com sistemas interativos, tentando criar uma verdadeira aproximação ao diálogo entre o corpo e a máquina.
Coreografia e Interpretação: Lígia Teixeira
Música e Sonoplastia: Ivan Franco
Desenho de Luz: David Palma
Texto Original, Voz Off: Liza Wade Green
Consultoria Artística: David Grubbs / Pima Mfa
Supervisão Sistema Técnico: Prof. Dr. António Caetano Monteiro, Prof. Dr. Pedro Branco, Prof. Dr. Nelson Zagalo, Universidade do Minho
Construção do Sistema Técnico e Interactivo: Prof. Dr. Caetano Monteiro, Pedro Ramôa, Vítor Faria, Vítor Neto (Departamento de Mecânica da U.M.) e Ivan Franco
Produção: Milliways – Associação Cultural
Coprodução: Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura
Parcerias: Universidade do Minho, 3ld Art, Technology Center
Projeto Financiado pela Secretaria de Estado da Cultura / DGArtes (Direcção Geral das Artes)
GRASSROOTS MAPPING EM GUIMARÃES /18 julho 19h
James Bridle é um escritor, editor e tecnólogo baseado em Londres, Reino Unido. Uma das paixões de James é o mapeamento. Quer para coisas úteis ou coisas muito peculiares, ele provavelmente já o fez. James já visitou Guimarães em Maio e fez uma oficina low tech (Andando pelas ruas) no LCD. Os participantes mapearam a cidade usando ‘papeis andantes’ e têm adicionando a este desde então. Em Julho James irá apresentar uma oficina chamada Walking the Sky/Andando pelo céu , onde os participantes irão criar um mapa aéreo da cidade, utilizando balões meteorológicos e câmaras. Veja http://grassrootsmapping.org/ para algumas das técnicas utilizadas.
Na apresentação James irá revelar alguns dos resultados das duas oficinas e falar sobre os princípios de mapeamento, o que significa para uma cidade ser aberta e como é importante ter controlo sobre este tipo de dados.
A apresentação é aberta a todos, incluindo aqueles que participaram na oficina no LCD durante o dia. Irá começar às 19h00 no CAAA e durará uma hora. Haverá espaço para perguntas no final (aberto a todos, primeiro a chegar, primeiro a servir-se).
Para mais informações sobre o programa Cidade Aberta: www.watershed.co.uk / opencity
www.facebook.com / opencidade
A apresentação será em Inglês
Entrada Gratuita
Galeria #4
A POSSIBILIDADE DE UMA FUGA /14 – 29 julho
Inauguração dia 14 de junho às 18h
O vídeo de João Paulo Serafim “A Possibilidade de uma Fuga” é apresentado na galeria do CAAA Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura em Guimarães, Capital Europeia da Cultura 2012.
Transpondo as fronteiras da fotografia e do plano bi-dimensional, o artista integra o espaço, a dança e a imagem em movimento para criar um diálogo entre campos artísticos e media diferentes. Através do registo vídeo, João Paulo Serafim cruza as artes plásticas, a criação teatral a dança e o cinema. Nesta versão do vídeo que já fora apresentado em 2011 no espectáculo « Fuga sem fim » o artista põe em causa a habitual narrativa ligada ao cinema e através de sucessão de planos, da dupla projecção e da repetição aliada a aleatoriedade, cria uma atmosfera performativa e infinita.
Um longo corredor, como se de um ponto de fuga se tratasse, é central nesta obra um arquivo com estantes repletas de caixas arquivadoras e livros de registo –aparentemente – marca o nosso campo de visão e a acção que nele se desenvolve. A cenografia e a coreografia que aqui acontecem e interagem, propõem levar-nos a questionar, de uma forma poética e subtil, a nossa relação com a memória e o registo da memória colectiva, temáticas também centrais na obra do artista.
Entrada Livre
Galeria #3
Comissariada por: Projectomap
O FILME DA MINHA VIDA #1 O Percutor Harmónico /2-30 julho
A coleção O FILME DA MINHA VIDA faz-se do repto lançado a autores portugueses de BD e ilustração para que produzissem um livro BD inspirado num filme que tenha deixado marcas nas suas vidas. Este cruzamento entre a sétima e nona arte é vocacionado para os amantes de ambas.
A primeira exposição tem como nome O PERCUTOR HARMÓNICO, de André Lemos baseado no filme ACONTECEU NO OESTE, de Sérgio Leone.
Galeria 4
Entrada livre
Iniciativa: AO NORTE Associação de Produção e Animação Audiovisual
O FILME DA MINHA VIDA #2 Epifanias do Inimigo Invisível /1-26 agosto
A colecção O FILME DA MINHA VIDA faz-se do repto lançado a autores portugueses de BD e ilustração para que produzissem um livro BD inspirado num filme que tenha deixado marcas nas suas vidas. Este cruzamento entre a sétima e nona arte é vocacionado para os amantes de ambas.
A segunda exposição tem como nome EPIFANIAS DO INIMIGO INVISÍVEL, de Daniel Lima inspirado no filme O DESERTO DOS TÁRTAROS, de Valério Zurlini.
Galeria 4
Entrada livre
Iniciativa: AO NORTE Associação de Produção e Animação Audiovisual
Uma pequena conferência de John Mateer /3 julho 18h30
John Mateer, conceituado poeta e ensaísta australiano, visita o CAAA Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura para uma conversa sobre arte, cultura, viagem e hibridação. Centrada nas relações e influências entre a Austrália e a Ásia, a conferência, em registo informal, abordará também os reflexos das relações culturais e económicas na produção artística daqueles lugares.
Entrada livre
Em Inglês, sem tradução
Mais sobre John Mateer
Quatro poemas por John Mateer (em Inglês)
Um poema por John Mateer (em Português)
Performance Architecture /16 junho-29 julho
Através da construção de estruturas temporárias que vão de encontro a necessidades programáticas da visibilidade e interacção urbana da organização da Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura (quiosques, recepções, núcleos microexpositivos, etc.)
Performance Architecture foca-se em práticas da arquitectura que substituem a construção perene por acções, happenings e intervenções urbanas temporárias. Através dos contributos de novas ideias e pela presença de protagonistas históricos que prenunciam esta abordagem (enquanto membros do júri, como parte de uma pequena retrospectiva, como participantes em ciclos de conferências, etc.)
Performance Architecture pensa intervenções arquitectónicas que remetem para o papel da consciência do corpo e da crítica do social na reinvenção do espaço público.