2021 – jul / ago /set

coisas em que eu penso mas que não digo (por uma questão de educação)

Exposição de Joana BC

Lançamento do livro My name is Parsimim, uma coedição Stolen Books / CAAA

Inauguração dia 4 de Setembro 2021, 15h / até 23 de Outubro 2021

 

coisas em que eu penso mas que não digo (por uma questão de educação) serve de abrigo a duas obras distintas, uma de 2018 e outra de 2021. Ambas são crias da colagem, essa grande mãe sempre disposta ao sacrifício, que não impõe regras e que é adepta da liberdade (a do fazer e a do pensar) e da tesoura, essa magnífica aliada que tem vontade própria (pelo menos a minha tem) e que não olha a meios para se cumprir. Apresenta-se então a vida de Parsimim e a sua ida à quiromante (que quando uma pessoa está aflita e precisa de respostas vai onde tiver de ir!) A coisa depois adensa, em 2021, quando se começa a entrar num outro tipo de cena, quando começa a excursão pela geografia sentimental que acompanha a vida no Portugal profundo, como lhe chamam alguns. Aqui começam a entrar corpos, cabelos, cabeças, bichos, paisagens, malvadezes, mapas, céus carregados, e eu sentada numa tapeçaria contemplo estas imagens que são como anti posts de instagram, não tento convencer-vos de que a minha vida é melhor que a vossa, estão com sorte! Já não é a técnica que conta, é a carga. Tornei-me discípula desta santíssima trindade formada pelas mãos, pelo olhar e pela tesoura porque percebi que contra ela pouco posso. Paciência!

Joana BC nasceu no Porto em 1986, cidade na qual viveu e trabalhou durante vários anos. Em 2020 mudou-se para uma pequena aldeia no sopé da Serra da Estrela e lá mantém a sua prática artística. Estudou Pintura na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, instituição na qual foi docente de 2012 a 2021, e na Slade School of Fine Art, em Londres.
O seu trabalho tem sido exposto em Portugal, França, no Reino Unido, Canadá, na Alemanha, Suíça e Turquia.
Em 2019, participou como artista residente na Biennale internationale du lin de Portneuf, Québec, Canadá, a convite da Contextile. Em 2017 realizou uma exposição individual com o Edge Arts, intitulada aqueles que ouvem os sons (e os muitos gritos) do mundo, no Espaço Amoreiras, em Lisboa. Recebeu, em 2015, a bolsa Künstlerhaus Schloss Balmoral como artista residente em Bad Ems, Alemanha. Em 2016 e 2017 o corpo de trabalho realizado nesta residência fez parte da exposição Seepferdchen und flugfische / Seahorses and flying fish que foi apresentada, entre outros, no Arp Museum Banhof Rolandseck, na Alemanha.

 

FolhaSala

Seminário Arquitectura para Cinema

 

 

 

 

 

 

PT

TÍTULO

Seminário Arquitectura para Cinema

DESCRIÇÃO SUCINTA

Composto por oficina, conferências, sessão de cinema, mesa redonda e exposição, este seminário é aberto a estudantes de arquitectura, arte ou design, cinéfilos ou simplesmente curiosos, com particular interesse na construção e representação do espaço no cinema. Com seis dias de duração, o programa pretende experimentar uma introdução de ordem prática e teórica à arquitectura produzida para cinema.

PROGRAMA

O seminário está organizado em vários módulos totalizando uma carga horária de 40 horas:

  1. Introdução à Arquitectura para Cinema (carga horária: 1,5 horas)

por João Rosmaninho e Olavo Abrantes

  1. Oficina de Arquitectura para Cinema [Módulo Teórico] (carga horária: 3 horas)

por Olavo Abrantes

  1. Oficina de Arquitectura para Cinema [Módulo Prático] (carga horária: 28 horas)

por Olavo Abrantes e Bruno Pereira

  1. Conferência I [modo remoto] (carga horária: 1,5 horas)

por Luke Whitelock

  1. Conferência II [modo remoto] (carga horária: 1,5 horas)

por Mélanie Van Der Hoorn

  1. Sessão de cinema (carga horária: 1,5 horas)

por Eduardo Brito

  1. Mesa redonda (carga horária: 1,5 horas)

por Rodrigo Areias

  1. Exposição dos trabalhos desenvolvidos na oficina (carga horária: 1,5 horas).

 

Nota: os módulos 1, 2, 3, 6, 7, e 8 serão ministrados em português; os módulos 4 e 5 serão ministrados em Inglês.

 

DATAS

6 a 11 de Setembro de 2021.

 

HORÁRIOS

09:00 às 13:15 + 14:30 às 18:45.

 

LOCAIS

Escola de Arquitetura, Arte e Design da Universidade do Minho – campus de Azurém; Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura, Guimarães.

 

 

PARTICIPAÇÃO

Número máximo de inscrições: 24

Número mínimo de inscrições: 12

 

INSCRIÇÃO

Custo/taxa: 65,00 EUR.

Deve ser feita através de preenchimento de formulário em <www.store.uminho.pt/pt/seminários>

 

Nota: a taxa de inscrição inclui material, certificado de presença/participação e coffee-breaks.

 

MAIS INFORMAÇÃO

Através de mensagem para <arq4cin@lab2pt.uminho.pt>

 

 

EN

 

TITLE

Architecture for Cinema

 

SHORT DESCRIPTION

Comprising workshop, lectures, film screening, panel discussion and exhibition, this seminar is open to undergraduate/graduate students in architecture, art and design, film lovers or just curious people. It is focused on the construction and representation of architectural space in cinema. With a six-day runtime, the program intends to experience a practical and theoretical approach to architecture imagined and produced for cinema.

 

PROGRAMME

The seminar is organized in the following modules totalizing a workload of 40 hours:

  1. Introduction to Architecture for Cinema (workload: 1,5 hours)

by João Rosmaninho and Olavo Abrantes

  1. Workshop on Architecture for Cinema [Theoretical Module] (workload: 3 hours)

by Olavo Abrantes

  1. Workshop on Architecture for Cinema [Laboratorial Module] (workload: 28 hours)

by Olavo Abrantes and Bruno Pereira

  1. Lecture I [remote mode] (workload: 1,5 hours)

by Luke Whitelock

  1. Lecture II [remote mode] (workload: 1,5 hours)

by Mélanie Van Der Hoorn

  1. Film session (workload: 1,5 hours)

by Eduardo Brito

  1. Round table (workload: 1,5 hours)

by Rodrigo Areias

  1. Exhibition of the works developed in the workshop (workload: 1,5 hours).

 

Note: modules 1, 2, 3, 6, 7, and 8 will be framed in Portuguese language; modules 4 and 5 will be framed in English language.

 

DATES

September the 6th to the 11th, 2021.

 

SCHEDULE

09:00 to 13:15 + 14:30 to 18:45.

 

VENUES

University of Minho School of Architecture, Art and Design – Azurém campus; Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura, Guimarães.

 

 

PARTICIPANTS

Maximum number of entries: 24

Minimum number of entries: 12

 

REGISTRATION

Seminar registration/participation fee: 65.00 EUR

(Entry fee includes material, certificate and coffee breaks).

All the procedures are to be made at <www.store.uminho.pt/pt/seminários>

 

MORE INFORMATION

Email to <arq4cin@lab2pt.uminho.pt>

E por momentos a forma das coisas desapareceu

Exposição de Joana Dionísio

Inauguração dia 25 de Setembro, 16h / até 23 de Outubro

Programação Encontros da Imagem

 

A forma como o homem se relaciona com a morte tem vindo a mudar ao longo dos tempos, se na idade média a finitude humana era vivenciada com familiaridade, no séc XX passou a ser uma espécie de “não acontecimento”.

Numa sociedade caracterizada pelo desejo de prolongar ao infinito a juventude, a representação da conclusão do ciclo de vida passa a ser vista como um fracasso e por isso deve ser evitada. Contudo, se não temos a capacidade para definir os limites da nossa própria vida, como é que nos podemos relacionar com ela e connosco?

Da contrariedade de sentimentos que surgiram após a morte do meu pai e que me obrigaram a pensar acerca das limitações da existência humana, resultou o presente projeto que procura refletir sobre a forma como lidamos com a perda de alguém que nos é próximo e com a consciência da nossa própria finitude.

Tendo em conta que estes conceitos materializam-se por meio de uma prática que imortaliza a vida através da sua representação, o que significa para a fotografia retratar a ausência do seu referente e qual o seu papel nas experiências do luto?

Através de uma narrativa entre forças opostas e complementares, entre o presente e o ausente, realidade e ficção, entre o cá e o lá, está o ir e vir de uma jornada que procura uma visão mais alargada da nossa razão de ser. Talvez entre o balancear de saber-se mortal e desejar-se imortal possamos encontrar uma oportunidade para viver em profundidade.

 

The way in which man relates to death has been changing over time. If in the Middle Ages human finitude was experienced with familiarity, in the 20th century it became a kind of “non-event”.

In a society marked by the desire to prolong youth to infinity, the representation of the end of a life cycle is seen as a failure and therefore should be avoided. However, if we do not have the ability to set the limits of our own life, how can we connect to it and to ourselves?

This project resulted from the opposition of feelings that arose after my father’s death and that forced me to think about the limitations of human existence. It seeks to reflect on how we deal with the loss of someone close to us, and with the perception of our own finitude.

Considering that these concepts are materialised using a practice that immortalises life by its representation, what does it mean for photography to portray the absence of its reference, and what is the role of photography in the experiences of mourning?

Through a narrative between opposing and complementary forces, between what is present and what is absent, reality and fiction, between here and there, is the coming and going of a journey that seeks a broader vision of our sense of being. Perhaps, somewhere between the fluctuation of becoming aware of our own mortality and the desire to be immortal we can find an opportunity to live deeply.

 

Biografia

PT

Artista visual natural do Porto, Joana Dionísio nasceu em 1993 e iniciou a sua formação no curso de Design de Produto em 2014 onde teve o primeiro contato formal com a fotografia. A partir desse momento o seu interesse pela imagem foi-se desenvolvendo e devido ao desejo de aprofundar os seus conhecimentos realizou a licenciatura em Tecnologias da Comunicação Audiovisual com especialidade em fotografia, na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo.
 Atualmente trabalha na área e encontra-se a frequentar o Master em Fotografia Artística e Documental no Instituto de Produção Cultural e Imagem. O seu trabalho é caracterizado por uma forte vertente autobiográfica que explora temas como a memória e o arquivo, refletindo sobre a forma como o ser humano se relaciona consigo e com o mundo.

 

Joana Dionisio born in Porto in 1993, is a visual artist that began her training in 2014 in the Product Design course. That’s where she first had formal contact with photography. From that moment onwards, she developed an interest in photography and decided to study Audiovisual Communication Technologies, specializing in photography at Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo.
 Currently she is working within the area and doing the course Master em Fotografia Artística e Documental at Instituto de Produção Cultural e Imagem. Her work is autobiographical, she explores themes such as memory and archive, reflecting on how human beings relate to themselves and to the world around them.

 

31ºs. ENCONTROS DA IMAGEM

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Génesis 2:1, foi o tema escolhido para a 31ª edição dos Encontros da Imagem – Festival Internacional de Fotografia e Artes Visuais, que se realizará entre 17 de setembro e 31 de outubro de 2021. Entre as diversas atividades, o Festival englobará 46 exposições distribuídas por 24 espaços distintos envolvendo a participação de 62 fotógrafos.

Nunca um tema escolhido, se enquadrou tão bem no contexto que atualmente Portugal e o mundo vivem, neste início da década de 20.

“Génesis 2:1” dá continuidade ao tema do ano passado. Um ano depois, voltamos também nós e todo o mundo – em resultado da crise pandémica provocada pelo Covid-19, de novo, ao confinamento generalizado.

Gerou-se a confusão e o caos. Uma incapacidade coletiva para compreender a desordem das coisas, confrontando a humanidade com desafios cada vez mais complexos e exigentes.

A sociedade contemporânea está desde há muito, perante enormes desafios de carácter global: desde as questões relacionadas com o planeta e os seus problemas ecológicos (perda da biodiversidade, alterações climáticas – aquecimento e contaminação) até às civilizações que o habitam, onde muitas delas geram novas desigualdades e indiferença moral (regimes políticos, religiosos, fronteiras, refugiados, racismo, questões de género e muitas outras.

Aquilo a que chamamos progresso, não só deixou de coincidir com a humanização do mundo, como pode acabar por ditar o seu fim. Urge encontrar soluções para acabar com as desigualdades e indiferença em relação ao sofrimento de milhões de pessoas.

Uma interrogação se pode colocar: que futuro nos espera? A crise em que vivemos constitui uma oportunidade para que todos encontremos causas comuns e discutamos as melhores soluções para o que deva ser feito.

A Direção

Encontros da Imagem

 

 

Workshop Têxteis Artesanais com Resíduos

Workshop Têxteis Artesanais com Resíduos
com *Cleo do Vale

*GRÁTIS*

Inscrições na ligação: https://forms.gle/4S9juahmmXoamLtc9

Vagas limitadas, com fila de espera para os excedentes.
Data: Terça-feira, 06 de julho de 2021
Horário: 14h:30m às 18h:30m
Local: CAAA Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura
Rua Padre Augusto Borges de Sá, 4810-523 Guimarães.

O Workshop nasce da ampla experimentação com o uso de resíduos têxteis domésticos para a construção de superfícies que sirvam de base para a confeção de objetos variados de moda e decoração. Não é necessário ter experiência anterior com técnicas artesanais, vamos trabalhar com ferramentas simples, matérias primas acessíveis e o desenvolvimento de habilidades manuais para iniciantes.

* É artista e designer multidisciplinar, com formação em design de moda e gestão social. É professora do curso de Design da Universidade Federal do Cariri (BR) e estudante do doutoramento em Design de Moda na UMinho. É membro fundadora do Wà Coletivo (2018), grupo feminino brasileiro de arte que busca ressignificar e levar técnicas artesanais têxteis para o espaço urbano. Instalou trabalhos nas ruas do Brasil, de Portugal e da Espanha. Participou do I Festival Borda (Fortaleza, BR 2019), na I Bienal Black Brazil Art (SC, PR, RS, 2019), na I Fibra Bienal de Arte Têxtil Contemporânea (RS). Foi premiada no 70o Salão de Abril (Fortaleza, CE,BR 2019), no edital Arte como Respiro – Artes Visuais do Itaú (2020). Realizou a sua primeira exposição individual intitulada “A flutuar no caos” (Porto, Portugal, 2021) e teve uma obra selecionada através de edital público e adquirida pelo Governo do Estado do Ceará (2021). Participou das exposições coletivas virtuais Cartografias de Corpos Híbridos (2020) da Bienal Black Brazil Art e da Exposição da Cultura da Moda Brasileira do Instituto Fashion Revolution Brasil (2021).
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