Proxim(a)idade, Tales Frey / 20 Junho 2013, 20.00h
Na data de comemoração da minha próxima idade, uso meu corpo como campo simbólico para converter signos que marcam o ritual de passagem do meu aniversário em anúncios da proximidade com a minha morte. Do festejado novo ano de vida, assinalo o anúncio do meu falecimento. A temporária juventude e beleza dão lugar à senilidade construída de elementos que estão presentes tanto nas contentes festas de aniversário quanto nos fúnebres eventos de velórios. A performance explicita a comemoração de uma mocidade cética, obcecada pelo consumo do que é fugaz, mas cheia de entusiasmo, ladeada da velhice apegada à fé metafísica por medo de um cruel desfecho num vácuo. A contradição enfatiza dois andamentos advindos de uma mesma data, em que comemoramos um ano a mais de vida e lamentamos o tempo que nos conduz à morte.